Em três partes, essas heroínas do nível das ruas enfrentam uma ameaça enigmática. Shanna e seu fiel companheiro, Zabu, encontram o espírito sem nome na Terra Selvagem. Ele controla os raptores e a própria terra, atacando a She-Devil. Felizmente, a dupla consegue pôr um fim nisso… pelo menos por enquanto. Em outro lugar, Demolidor, Wolverine e Bloodline estão treinando em uma Academia dos Vingadores vazia durante as férias de primavera, quando o espírito retorna e atrai Demolidor para a floresta para entalhar símbolos em uma árvore, o que lhe daria controle. Wolverine e Bloodline não conseguem deter Demolidor e agora devem enfrentar a ameaça juntos. À medida que a situação começa a dominar o trio, Bloodline elabora um plano para que seu animal mágico, Walpurgis, os teletransporte para a segurança. Wolverine e Bloodline acabam em um vulcão ativo na Islândia e precisam confrontar seus demônios internos e a força por trás de tudo isso.
Capítulo 1: “Processão Primal”
Shanna e Zabu Enfrentam o Espírito Sem Nome
O Capítulo 1 não perde tempo e joga Shanna em uma situação desconhecida em seu próprio quintal. A Terra Selvagem está tranquila, o silêncio antes da tempestade. Um espírito maligno irrompe “das próprias raízes” da terra e declara que Shanna é seu caminho para a liberdade. É acelerado, repleto de ação, e um pouco desorientador. No entanto, isso parece intencional. Assim como Shanna, os leitores estão curiosos sobre quem é esse ser, como estão fazendo tudo isso e como podem ser detidos. Mas não há tempo para fazer essas perguntas. Enquanto os raptores cercam Shanna e Zabu, só há tempo para agir. Felizmente, Shanna percebe que os símbolos estranhos nas árvores devem ser a forma como esse espírito está controlando a Terra Selvagem. Ela rapidamente destrói os símbolos e, assim, a ameaça é eliminada. A história aparentemente chega ao fim, mas definitivamente parece que está apenas começando. Shanna tem a sensação de que não vai acabar aqui, o que serve tanto como uma resolução fraca para essa história quanto como uma pista intrigante do que está por vir. Tudo isso parece menos um capítulo de uma antologia e muito mais o primeiro capítulo de uma história mais longa.
Capítulo 2: “Deixe-me Entrar”
Demolidor, Wolverine e Bloodline Treinam para o Improvável
Ao final de um longo dia de treinamento, esse trio segue caminhos diferentes para a noite. Mas o espírito assustador retorna e convence a Elektra a se aventurar pela floresta próxima à Academia dos Vingadores para entalhar seu símbolo sinistro em uma árvore. Bloodline e Wolverine rapidamente percebem a situação e tentam intervir, mas o espírito, e seu controle sobre a área ao redor, é demais para eles lidarem. Este capítulo dá continuidade ao anterior, com muitos desenvolvimentos interessantes. Os leitores veem o espírito fazendo coisas semelhantes, mas desta vez ele tomou controle da Elektra, aumentando a tensão. Também oferece uma visão interessante de como diferentes heróis enfrentam o mesmo problema. Shanna percebeu rapidamente que os símbolos eram importantes, enquanto Elektra logo se dá conta de que essa coisa se alimenta de diferentes organismos, então eles precisam levá-la para um lugar deserto.
Capítulo 3: “Coisas que Meu Pai Definitivamente Não Me Ensinou”
Arte Psicodélica Eleva um Clímax Psicodélico
A arte distinta ao longo deste capítulo ajuda muito a transmitir como os personagens estão se sentindo. Além disso, o layout dos painéis faz com que os leitores sintam a atmosfera surreal em que Bloodline e Wolverine se encontram. Sair da Academia dos Vingadores para isso realmente aumenta a tensão. Os personagens parecem estar em apuros e mal conseguem navegar por essas terras.
O capítulo culmina em uma espécie de catarse abstrata. Os leitores não recebem todas as respostas, mas encontram um fechamento na forma de resoluções de personagens. Bloodline e Wolverine conversam durante a longa viagem de volta para a Cabana do Pai da Laura. Eles se desculpam e concordam que o melhor caminho a seguir é o trabalho em equipe. É um momento agradável e prolongado, onde os leitores realmente conseguem entender quem são esses personagens e como eles cresceram ao longo desses dois capítulos.
Antologia ou Não Ser?
Essa é a Questão
Há muitas ideias divertidas e interessantes ao longo desta edição. Se houvesse algo que os leitores pudessem reclamar, seria a estrutura e a apresentação dos capítulos. Essas três partes distintas funcionam bem juntas, mas a conexão clara entre os capítulos dois e três faz o primeiro capítulo parecer mais isolado. Parece que cada capítulo poderia ter sido uma aventura independente, com o mesmo antagonista, apresentando conclusões únicas e satisfatórias, ou Shanna poderia ter voltado ao capítulo três para amarrar tudo. No geral, a estrutura parece desbalanceada, apesar de ser uma leitura agradável.
Via CBR. Veja os últimos artigos sobre Quadrinhos.