O Verdadeiro Vilão de Babygirl é Mais Complexo do Que Parece

O seguinte contém spoilers de Babygirl, que está em exibição nos cinemas.

Vilão de Babygirl

Um dos aspectos mais intrigantes da era #MeToo é como os filmes se aprofundaram ainda mais no conceito de dinâmica de poder nos ambientes de trabalho. Eles não se concentraram apenas na atração, como em filmes como Atração Fatal. Não se tratava apenas de casos passageiros e escândalos, mas de realmente enfrentar comportamentos tóxicos.

Babygirl agora está trazendo isso à tona, virando o jogo ao invés de um chefe masculino. O filme tem Nicole Kidman no papel de Romy, a CEO de uma empresa de tecnologia que está envolvida em um caso com um estagiário chamado Samuel. No entanto, após analisar a jornada que ambas as partes enfrentam, fica complexo e confuso determinar quem é realmente o vilão da história.

O Final de Babygirl, Explicado

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Romy Tenta Reconstruir Seu Casamento Após o Afloramento Com Samuel

Romy e Samuel embarcam em um romance intenso fora do escritório no filme de Halina Reijn. Ela possui uma fetiche específico que remonta à sua juventude. Romy queria ser submissa a uma pessoa dominante. Isso levou a uma ruptura em seu casamento e a uma lacuna em sua vida sexual que o mais jovem Samuel preenche. Isso funciona para ele, pois ele adora estar no controle. Apesar da diferença de idade, eles têm uma química e uma paixão compatíveis. Samuel vive suas fantasias com uma chefe mais velha, enquanto Romy alcança os orgasmos que não conseguiu ter com seu marido.

Detalhes sobre a Recepção do Filme Babygirl

Pontuação Metacritic

Avaliação IMDb

Pontuação Rotten Tomatoes

81

6.6/10

77%

Mais tarde, o caso em Babygirl vem à tona. Romy decide trabalhar em seu casamento com seu marido, Jacob, depois que ele e Samuel se envolvem em uma briga em uma casa de férias — uma invasão que Samuel faz após Romy e Jacob terem uma separação temporária. Romy pensa em suas filhas, aceitando que esses encontros com Samuel vão machucá-las e dar a elas a impressão de que a traição é aceitável. Uma de suas filhas traiu seu parceiro e foi perdoada, então Romy acredita que também pode ter sucesso com uma segunda chance.

Samuel parte para outra empresa no Japão para trabalhar. Ele está cuidando de um cachorro e percebendo que precisa de companhia. Uma parte dele estava se apaixonando por Romy, em meio a toda a luxúria e sedução. É irônico, já que acalmar um cachorro foi o que fez com que eles se conhecessem. Ele não está lidando tão bem, enquanto Romy reacende as coisas em casa. Ela finalmente atinge o clímax com seu marido, embora a cena seja configurada como quando ela e Samuel se conheceram. Alguns podem interpretar isso como se ela ainda sentisse falta de Samuel e, pelo menos, estivesse cometendo infidelidade emocional. No final, Samuel parece se arrepender das coisas, mas Romy não, o que pode ser visto como seu final mais feliz.

Samuel e Romy São Ambos Vilões em Babygirl

Samuel Inicia o Jogo e Continua Puxando Fios Escandalosos

Romy tem maneiras sinistras. Ela continua dizendo a Samuel para não visitá-la em casa sob a justificativa de trabalho. Seu ego está fora de controle, além de que ele gosta do elemento de perigo. No entanto, quando ela o repreende, e ele tenta terminar tudo, Romy diz que “possui” ele, e que ele é “dela.” Assim, a objetificação vai e volta no filme da A24. Romy também não quer que ele saia com sua assistente, Esme. A chefe fica ciumenta, querendo ter tudo ao mesmo tempo.

Romy ameaça sutilmente Esme, dizendo que ela não será promovida se continuar se envolvendo com Samuel, o que faz Esme perceber a farsa. Esme acaba chantageando Romy para que ela seja uma chefe melhor, sirva de exemplo e inspire mulheres. Romy é, afinal, uma CEO de destaque, em um negócio onde o patriarcado reina. Esme admite que transformar Romy em vilã só irá retroceder as mulheres, então Romy precisa se comportar como um modelo a ser seguido neste thriller erótico.

É por isso que Romy repreende um colega que a assedia no final, sabendo que ela foi adúltera. Ela o xinga, lembrando ao público que faz parte de uma empresa misógina. O romance dela com Samuel foi apenas uma demonstração de seu poder. Dito isso, Samuel também abusa de seu poder na relação. Ele sabe que está desafiando o destino ao se aproximar da família dela. Ele gosta de viver no limite, apesar de Romy ter estabelecido limites no início.

Parte do motivo pelo qual ela cede é porque ele insinua que vai vazar o segredo deles e destruí-la. Samuel explora sua natureza vulnerável e seu desejo pela emoção do romance. Parte dela percebeu que estava envolvida demais e, se ele fosse tirar tudo dela, era melhor que ela se entregasse completamente à situação. Romy deveria ter se livrado de Samuel quando ele pediu. Mas ele não deveria ter insinuado que arruinaria sua carreira e a machucaria com suas intromissões em casa. Ambos cometem atos inaceitáveis, enquanto são vítimas.

No fim das contas, Samuel inicia o jogo, alimenta-o e se aproveita do desejo de liberdade de Romy. Isso, por sua vez, a leva a um caminho autodestrutivo devido às suas próprias obsessões e fetiches. Conciliando ambas as histórias, ele é o manipulador que ignorou as altas apostas para ambos, que queria continuar sendo o manipulador, e que ficou sofrendo enquanto Romy reconstruía sua vida. Samuel era maduro o suficiente para perceber o que estava permitindo, o que resultou em um karma mais doloroso para ele do que para Romy.

Babygirl agora está em cartaz nos cinemas.

Via CBR. Veja os últimos artigos sobre Filmes.

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Rob Nerd
Rob Nerd

Sou um redator apaixonado pela cultura pop e espero entregar conteúdo atual e de qualidade saído diretamente da gringa. Obrigado por me acompanhar!