A recente tendência de adaptar jogos de vídeo para séries de televisão resultou em algumas joias como The Last of Us e Twisted Metal, mas também em algumas decepções como Halo e Resident Evil. Fallout, que estreou recentemente na Prime Video e é baseado na série de jogos de vídeo do mesmo nome, se encaixa na categoria de adaptações que capturaram perfeitamente o tom e a diversão do material original.
A série é tão boa que até os fãs mais hardcore têm que admitir que é a melhor coisa depois de outro jogo. O show não apenas capturou tudo de bom sobre os jogos, mas expandiu as coisas além do que é possível no console. A série Fallout é superior aos jogos de muitas maneiras, pois pode contar uma história mais rica com melhores visuais e caracterizações mais profundas.
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Melhor Contação de Histórias: A Série Fallout é Épica
Enquanto a maioria dos jogos Fallout têm histórias decentes, eles foram concebidos por pessoas que se sentem mais confortáveis escrevendo código do que uma narrativa. A série de streaming, por outro lado, foi escrita por roteiristas profissionais, que entendiam como trazer uma história para a tela. O show Fallout é um conto épico com uma história brilhante, mas também tem um ótimo ritmo misturado com cliffhangers instigantes.
Da mesma forma, o diálogo é muito melhor no programa, já que o jogo era bastante limitado por árvores de conversação. No formato de série live-action, os personagens precisam interagir em um nível realista, enquanto uma conversa no jogo Fallout está longe do normal de uma interação face a face. Além disso, os roteiristas do programa criaram alguns dos diálogos mais criativos e envolventes para qualquer série roteirizada.
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Melhores Criaturas: O Gulper Está Transbordando Personalidade
Um dos maiores atrativos dos jogos Fallout são a variedade de criaturas criativas e assustadoras. O problema, no entanto, é que elas são meio rígidas e unidimensionais. Seus ataques não são muito realistas e a maior parte do medo que instilam vem do jogador estar ciente de quanto dano podem causar. Graças a alguns efeitos visuais avançados, as criaturas na série podem mostrar sua força e gerar um terror real.
O Yao Gui que matou o Cavaleiro Titus era como um Urso da Cocaína pós-apocalíptico com esteroides, e duas vezes mais assustador do que o Deathclaw no jogo. Quando Lucy foi atacada pelo Gulper, o público acreditava que a grotesca criatura era plausível. Como bônus, a feroz besta tinha uma espécie de personalidade agradável, mesmo tentando comer a heroína da história. É verdade que os jogos têm muito mais criaturas, mas a série tem apenas uma temporada e ainda há muito mais por vir.
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Personagens Profundos: Cooper Howard é um Ghoul introspectivo
Cooper Howard, também conhecido como The Ghoul, rapidamente se tornou um dos melhores novos personagens no cinema e na TV. Ele possui uma história rica, motivação fascinante e possui um sólido entendimento de sua situação única. Todos os personagens na série são interessantes, peculiares e, no caso dos principais, possuem uma grande profundidade, algo que o jogo de vídeo simplesmente não conseguiu alcançar.
Fallout: New Vegas teve um ghoul divertido em Raul Tejada, dublado por Danny Trejo, mas suas hilárias e passivo-agressivas tiradas de uma linha não contavam como profundidade de personagem. O mesmo pode ser dito para os favoritos dos fãs Sierra Petrovita (A Garota Nukacola) e Bittercup de Fallout 3, que eram excêntricos, mas rasos. Jogos de vídeo, mesmo com mundos abertos, não são o formato perfeito para desenvolver personagens ou mostrar crescimento pessoal.
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Mais Realista: Ninguém Pode Carregar 30 Armas e Um Milhão de Balas
Assim como em muitos RPGs e especialmente em Fallout, os jogadores podem carregar uma quantidade absurda de equipamentos e munição. Em Fallout: New Vegas, ao adquirir certos benefícios e aumentar a força para 10, um jogador pode carregar 400 libras, e a munição, que é pesada, não conta nesse total. É até possível exceder esse limite, mas o jogador se moverá muito lentamente.
Deixando o peso de lado, é absurdo pensar que existe algum tipo de mochila ou bolsa grande o suficiente para caber tantos itens volumosos. Claro, um jogo de vídeo não é um documentário, e é mais divertido ter tantas armas à disposição do jogador do que o limite de duas armas de alguns jogos como Halo, mas não é muito realista. Na série, os personagens são limitados pelas leis da física e carregam apenas uma ou duas armas, alguns suprimentos básicos e talvez uma cabeça humana decepada.
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Melhores Visuais: O Deserto Nunca Pareceu Tão Bonito
Jogos de Fallout nunca estiveram na vanguarda de gráficos impressionantes, provavelmente porque mundos abertos massivos consomem muita memória. Talvez não seja uma comparação justa, mas a série é muito mais visualmente impressionante do que qualquer outro jogo da franquia. A Prime Video investiu em algum CGI decente, porque os restos da área de Los Angeles, destruída por bombas atômicas, são impressionantemente realistas.
Tudo, desde as criaturas até a armadura da Irmandade de Aço, é lindamente renderizado, o que ajuda o público a se perder em uma história que exige uma suspensão temporária da descrença. Até a explosão atômica estava incrivelmente realista. A detenção da bomba atômica no primeiro episódio da série foi muito melhor do que a de Oppenheimer, que tratava do desenvolvimento real de uma arma nuclear.
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Mais Humor Adulto: Maximus Precisa de uma Aula de Educação Sexual
Este é mais uma comparação que não é exatamente justa para a franquia de jogos Fallout porque os video games geralmente são direcionados para crianças e adolescentes, mas a série se destaca no departamento de humor adulto. Há linguagem e violência que nunca passariam em um jogo de video game e as piadas NSFW do programa renderiam uma classificação “AO” da ESRB para uma edição de console de Fallout. Por outro lado, talvez essa seja uma comparação adequada porque mostra as limitações do formato de video game.
Lucy consumando seu casamento falso com um saqueador do deserto disfarçado no primeiro episódio foi hilário e definiu o tom da série. No entanto, foi a completa falta de conhecimento de Maximus sobre os princípios básicos da reprodução humana que se tornou uma grande piada recorrente. A série conseguiu inteligentemente encontrar o equilíbrio certo desse tipo de comédia, sem se transformar em uma bagunça tola de humor sem graça, que é outra grande coisa sobre ela.
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Mais Ambiguidade: O Deserto Está Cheio de Amigos Falsos
Nos jogos de Fallout, um jogador geralmente sabe onde ele está com as várias facções. A Irmandade de Aço pode não ser a favorita de todos, mas são o que são. A Legião de César em Fallout: New Vegas é malvada, mas um jogador pode escolher trabalhar com eles ou contra eles, e, mais uma vez, não há áreas cinzentas. Na série, as facções e muitos dos personagens são ambíguos em suas intenções, o que leva a um drama maior e surpresas.
Assim como nos jogos, a Irmandade de Aço são cabeças duras autojustificáveis, mas todos os outros podem ser um amigo ou um inimigo. Esta é uma entrada difícil de incluir sem dar muita informação, mas ao longo da primeira temporada, ninguém além de Lucy é o que aparenta ser. Grande parte disso vem e joga com a inocência e ingenuidade do personagem de Lucy, o que contribui para a excelente narrativa da série.
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Melhores Reviravoltas: A História Deixou os Fãs Adivinhando Até o Fim
Em termos gerais, os jogos Fallout empregam uma narrativa linear. Existem muitas missões secundárias, mas, na maior parte, é uma questão de ir do ponto A ao ponto B, enquanto acumula um grande número de mortes e saqueia quantidades incontáveis de itens. Há um pouco de traição, mas nenhuma surpresa impressionante nos videogames. A série, por outro lado, revela bombas, literalmente e figurativamente, com algumas reviravoltas verdadeiramente memoráveis.
Basta dizer que o show dá várias reviravoltas inesperadas que vão provocar algumas reações surpreendentes na primeira vez que assistir. Até mesmo os fãs dos jogos tiveram dificuldade em prever o que aconteceria em seguida. O episódio final traz um momento que explode como uma bomba atômica e é uma reviravolta melhor do que todos os filmes do M. Night Shyamalan combinados.
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Melhor Elenco de Apoio: A Série Tira o Máximo Proveito dos Companheiros de Lucy
Nos jogos Fallout da era moderna, os personagens periféricos servem para fornecer informações ou iniciar uma missão e não são particularmente cativantes. Existem também ajudantes que um jogador pode adquirir, e embora seja bom ter músculos extras em uma batalha, às vezes é irritante ter que levá-los junto. Boone, de Fallout: New Vegas, é bastante útil, mas um verdadeiro fardo para ficar por perto. Na série, cada personagem, do vilão ao mocinho, é vibrante e emocionante.
Além disso, a série arrasa quando se trata de estrelas. Os videogames tinham alguns dubladores decentes como o mencionado Danny Trejo e Liam Neeson em Fallout 3, mas a série arrasa com um talento incomparável. Além do elenco principal, que inclui Kyle MacLachlan, Walton Goggins e Leslie Uggams, há participações especiais de ícones como Michael Rapaport, Fred Armisen e Erik Estrada. Os jogos podem ter tido Machete, mas o show conseguiu Francis “Frank Ponch” Poncherello.
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Melhor Protagonista: Lucy Rules
Nos video games, os jogadores criam um personagem que é infinitamente personalizável, usando o sistema S.P.E.C.I.A.L. para atribuir pontos a várias características como força e inteligência. No entanto, esse personagem não é tão especial quanto Lucy MacLean. A protagonista principal da série, interpretada brilhantemente por Ella Purnell, é uma das maiores heroínas da TV de todos os tempos, com mais charme, personalidade e simpatia do que qualquer jogador criado nos jogos.
Lucy torna o show a protagonista perfeita que é ao mesmo tempo falha e forte, ancorando a bússola moral em um mundo pós-apocalíptico de sujeira. Ella Purnell, que foi incrível como Jackie Taylor em Yellowjackets, se superou, trazendo pureza e determinação ao papel, o que é uma das principais razões pelas quais a série é tão incrível. Em um videogame, o herói é tão bom quanto o jogador que controla os joysticks, mas na série de televisão Fallout, o protagonista é a razão pela qual o público continua voltando para mais episódios.
*Disponibilidade no Brasil
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Em um futuro pós-apocalíptico em Los Angeles causado por uma devastação nuclear, os cidadãos precisam viver em abrigos subterrâneos para se proteger da radiação, mutantes e bandidos.